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Curitiba e RM veem escalada da violência policial nas últimas semanas

De outubro até agora, pelo menos 25 pessoas foram mortas pela polícia militar em Curitiba e região metropolitana - foram 10 vítimas no mês passado e já são 15 em novembro, seis somente nos últimos cinco dias.


Os números são alarmantes e demonstram uma escalada da violência policial na região. A PM segue matando sem nenhum controle, sem responsabilização, com o aval Estado e apoio da grande mídia.


O levantamento feito pela Rede Nenhuma Vida a Menos utilizou veículos de comunicação como fonte. Isso porque os dados oficiais, que eram divulgados semestralmente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), hoje são de responsabilidade do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e ainda não existe previsão de quando serão publicados.


O bairro Cajuru, em Curitiba, é um dos mais afetados. Uma das ocorrências foi em plena manhã, em frente a um CMEI, aterrorizando crianças e trabalhadores da região. Mas é em São José dos Pinhais onde a violência policial parece disparar, foram cinco casos no período analisado.


Um deles é o de Rafael Rodrigues de Lara de Oliveira, de 36 anos. À imprensa, a polícia alegou que ele estava em um carro roubado e que era suspeito de tentar sequestrar a própria filha. Na realidade, ele estava no carro da sua esposa e foi morto próximo ao horário em que deveria buscar seus filhos na escola. No mesmo dia, mais tarde, policiais ainda tentaram entrar na casa de Rafael, sem mandado, intimidando toda a família em luto.


Infelizmente, os dados que levantamos não dão conta de dizer quem eram as outras 24 vítimas. Sabemos que são homens, em alguns casos sabemos a idade, mas não sabemos seus nomes, onde moravam, qual sua cor ou quem era sua família. São apenas números que se somam a cada novo mês. A quem interessa que esse crescimento passe despercebido? Que essas vítimas não tenham sua história contada? A quem interessa o apagamento e a naturalização das mortes por policiais, em especial militares?


Moradores da periferia, pobres, negros, são afetados por uma política de ausência e abandono do Estado, menos quando se trata do seu braço armado. É preciso que se diga, que se lembre. Pelo fim das policias!

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Rede Nenhuma Vida a Menos

Curitiba - PR

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